domingo, 12 de julho de 2009

Doa a quem doer





Eu, Marina e Giu assistindo o pôr-do-sol em Table Mountain, Cape Town, África do Sul






Quem vive na sombra não sabe o que é bom. Eu vivo no sol. Satisfação pra mim é acordar tranquila e saber que estou plantando o bem. Qualquer coisa que eu faça tem intenção positiva. Quando eu era mais nova, se me frustrava com alguma coisa, tinha logo o ímpeto de me vingar. O tempo foi passando, fui levando muito cacete da vida. Mas, a vida sempre teve muito mais coisas boas do que ruins, disso não posso me queixar. Nunca tiva a manha de colocar minhas ideias vingativas em prática; quando tentava, era um fiasco: eu mesma acabava me entregando antes de botar o plano mirabolante em ação. Ou com ele em andamento, o que é pior. Desisti dessa vibe errada. Depois de um banho de Índia e, especialmente, depois de conhecer o Dalai Lama, em 2004, entendi que a vingança é uma ilusão. Se alguém me faz algo negativo, deixo pra lá. Sabe, a vida mostra a verdade em cada esquina. Doa a quem doer.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Lá no Planalto Central






Banda Black Rio e equipe








Voltei ontem do Distrito Federal. Fui no sábado, levando a Banda Black Rio para um show bonzaço que rolou no Festival de Inverno de Brasília. A banda voltou e ficamos William, Caco, Bapt e eu, pois teríamos uma reunião com o alto-escalão do Ministério da Cultura na segunda-feira. Foi preciso muita discussão para afinar os instrumentos e entrarmos todos em harmonia na sala em que fomos recebido pelo Zé Luiz Herência, secretário de políticas culturais do Minc. No sábado, o Alfredo Manevy, secretário executivo do Minc, tinha ido ao show para sacar a banda, pois não poderia estar na reunião. E levou mais uma comissão de um par de figuras do ministério junto pra curtir a Black e fechar a noite (ou começar o dia) as 5h30 da manhã com o show do mestre Jorge Ben Jor.
A aproximação com o Minc tem me surpreendido. Quando fiz o primeiro contato, com recomendação do guru Gilberto Gil, em nome da Black Rio, realmente não vislumbrei o que parece estar se desenhando. As perspectivas são boas demais: só vai depender de um bom planejamento, de boas ideias e de boa execução. Até que chegue a hora de a Black Rio e o balaio de artistas e significados que seguem com ela, literalmente, subirem no palco (ou seria no pódio?).
Fico extremamente satisfeita por saber que são pessoas como as que conheci que estão trabalhando em prol da cultura no país. Além de serem agradáveis, são sensíveis, inteligentes, competentes e, acima de tudo, estão preocupadas em destacar a pluralidade do país. Estão cientes de que é preciso escancarar o impacto da cultura negra na construção da diversidade cultural do Brasil, de que urge ceder o protagonismo para os legítimos responsáveis pela formação da identidade brasileira.