quarta-feira, 24 de junho de 2009

Festival internacional do documentário musical

Descobri que vai rolar esse festival e achei super bacana. Vou me esforçar para ver alguns dos fimes. Música, cinema, literatura, é tudo nosso. Bora lá? A programação está no site www.in-edit-brasil.com e o texto abaixo eu copiei de lá mesmo.


































Nascido em Barcelona há 7 anos, para fomentar a produção desse gênero cinematográfico e oferecer ao público a oportunidade de ver títulos difíceis de encontrar nos circuitos comerciais, o festival In-Edit Brasil é uma ideia que começa a dar a volta ao mundo. Depois de 6 edições na capital catalã, o IN-EDIT chegou há 5 anos a Santiago do Chile, e em 2009, desembarcou em Buenos Aires e Puebla (México) antes de aterrissar em terras brasileiras.

Com 29 filmes internacionais e 15 nacionais, dos quais 6 estarão em competição, o IN-EDIT BRASIL dará ao público a decisão de escolher o melhor documentário musical brasileiro inédito e que será apresentado em Barcelona em outubro.

Além da exibição de filmes, o festival contará com a presença de diretores durante algumas sessões, shows, palestras, debates e outras atividades. Entre os convidados está o diretor espanhol Fernando Trueba, ganhador de um Oscar, que apresentará seus dois documentários musicais “El milagro de Candeal” e “Calle 54”. Nessas duas semanas de projeções, esperamos que você curta seus artistas favoritos, conheça novas músicas e participe das atividades paralelas. Porque uma oportunidade de ver filmes como esses, só no ano que vem.

sábado, 20 de junho de 2009

Uruguai Natural






















Estive por duas vezes no Uruguai, ambas com meu irmão. A primeira foi em 1996 _inclusive, foi também o primeiro país estrangeiro que visitei _, e a segunda, em 2006. Gostei bastante de lá, e Cabo Polonio foi o destino preferido dentre os lugares que visitei. A matéria abaixo foi publicada no caderno Turismo , da Folha de S.Paulo, em 1º de junho de 2006.

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De acesso difícil, cercada por areia, península a 260 km da capital vive sem água corrente e eletricidade

Dunas protegem charme rústico de Cabo Polonio

MARIANA BERGEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM CABO POLONIO




















Ainda que não seja uma ilha, Cabo Polonio vive completamente isolada. Essa península, localizada a 260 km de Montevidéu, no distrito de Rocha, é cercada por dunas que alcançam até 30 m de altura. A natureza foi generosa ao dificultar o acesso a esse vilarejo de maneira tão charmosa. Descoberto por turistas há menos de 30 anos, Cabo Polonio ainda mantém sua aura primitiva: não há luz elétrica nem água corrente.
Mas o mais importante não é sentir o que falta, e sim o que sobra: noites estreladas iluminadas pela lua e pelo farol, paisagens dominadas pelo mar cheio de lobos e leões-marinhos, baleias e aves de todos os tamanhos e um tapete de areia que se estende pelas praias a perder de vista.
Em frente ao povoado, encontra-se um grupo de três ilhas, as islas de Torres, que constituem um dos mais importantes assentamentos de lobos-marinhos da América do Sul, além de abrigarem inúmeras gaivotas. Essas ilhas também são o lugar de reprodução dos leões-marinhos. Das rochas de Cabo Polonio é possível observá-los fazendo todo tipo de acrobacia na água, e, aos pés do farol, dezenas deles se esparramam sob o sol. À noite, os grunhidos dos animais são o único ruído que corta o silêncio desse pequeno refúgio.

Travessia
Chegar a Cabo Polonio requer uma pitada de espírito de aventura: distante 8 km da ruta 10- a única estrada que leva à região-, só é possível transpor o caminho de areia que cerca a entrada da península em automóveis 4x4, a cavalo ou até mesmo caminhando.
É proibido entrar com veículo próprio, por isso é preciso recorrer a camionetes especialmente adaptadas com rodas gigantes de uma das seis agências autorizadas a transitar no local. Há saídas de uma em uma hora, e o preço é fixo (120 pesos, cerca de R$ 11,50).
Para quem acaba de chegar, Cabo Polonio se mostra um pouco desordenado: não há ruas demarcadas ou qualquer característica que remeta a um centro urbano. As casas, que não somam mais de 150, têm poços de água, hortas e criação de galinhas e ovelhas. A maioria é de madeira ou pintada de branco. Todas estão espalhadas, sem ordem.
A população local é de apenas 70 pessoas, mas boa parte das casas é de veraneio e, por isso, ficam vazias durante meses. Sorte de quem as ergueu enquanto era permitido. Desde 1992, para proteger a riqueza natural da península, o governo proíbe qualquer tipo de construção na península.
Toda essa atmosfera faz de Cabo Polonio um segredo. Não chega a ser considerado um lugar turístico para muitos uruguaios e não aparece na maioria dos guias de viagem. É justamente esse seu encanto: ser um destino especial, aonde se chega porque alguém contou que esteve lá.


AGÊNCIAS - La Estrella del Cabo: 00/xx/598/99/87-0868; El Paraiso: 00/xx/598/99/63-5441
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Nome da península veio de naufrágios de embarcações

















Zona de costas rochosas e perigosas para a navegação, Cabo Polonio reúne uma quantidade considerável de naufrágios. Duas dessas tragédias disputam a origem do nome do lugar.
A primeira versão é a de que a denominação teria surgido em 1735, com um naufrágio da embarcação Polonio, proveniente de Cádiz, Espanha. A segunda teoria defende que um acidente com um navio contrabandista comandado por Joseph Polloni, poucos anos depois, teria sido o responsável pelo batismo.
Construído em 1880 pelos ingleses, o farol com 25 m de altura e 124 degraus tinha como objetivo advertir os marinheiros sobre o perigo da península e diminuir o alto número de desastres marítimos que ocorriam por lá. Em 1976, o farol se tornou monumento nacional.
Seguindo pela costa, as pedras cedem espaço a quilômetros de praias desertas: de um lado do farol está a praia de Calavera e, do outro lado, a praia Sur. A areia é dura, e o vento ameniza o calor, que durante o dia é escaldante, próprio do clima subtropical. No verão, a temperatura passa de 30C e, durante o inverno, pode chegar a 2C. As noites são sempre frias, mesmo nos meses mais quentes -em virtude dos fortes ventos vindos do Atlântico.
O pôr-do-sol é longo e tinge o céu dos tons mais variados. O espetáculo vem sempre acompanhado da coreografia dos grupos de gaivotas que sobrevoam a região.
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Comandado por um cego, bar em formato de labirinto merece visita

À noite, comércios e casas ganham um visual romântico, com velas penduradas nos tetos e espalhadas pelo chão. São comuns as reuniões em pequenos bares à luz de velas.
Entre eles, o mais curioso é o bar de Josuelo, um nativo de Cabo Polonio. O teto e as paredes são cobertos com os mais variados tipos de planta, o chão é de areia, e as mesas são dispostas em corredores que formam um labirinto. Cego há alguns anos, Josuelo conhece cada milímetro de seu inusitado estabelecimento.
As opções de hospedagem não são variadas. As melhores e com localização privilegiada são a pousada Mariemar e a hostería La Perla. Ambas ficam na praia Sur, e os preços variam de U$ 35 a U$ 50, com café da manhã. Contam com geradores, que oferecem luz por um par de horas.
Também é muito comum os viajantes alugarem casas de veraneio ou de moradores locais a preços negociáveis.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Plenitude

















Sou confusão,
Mas sou paz
no coração.

Sou ladeira em declive
Esperando pelo vento
Que vêm saciar minha fome
E me trazer plenitude.

Sou só luz,
sensação de amor,
inspiração do som
que reverbera minha alma
na voz dos apaixonados.

domingo, 7 de junho de 2009

Mercado Fonográfico outra vez

07/06/2009 - 02h30
Novas interfaces musicais provocam mudanças na cadeia de produção

MARIANA BERGEL
Colaboração para a Folha

Uma reviravolta no mercado fonográfico, decorrente da proliferação das novas tecnologias, fez com que as gravadoras mudassem seu modelo de negócios para se adaptar à uma nova realidade.

"De 1997 até o momento atual, ocorreu uma mudança radical no acesso à música, com a migração do mundo da música analógica para o universo da música digital, os hábitos de consumo da música são hoje totalmente diferentes", explica Marinilda Boulay, pesquisadora e organizadora das publicações "Guia do Mercado Brasileiro de Música" e "Música: Cultura em Movimento", além do site www.guiadamusica.org.

Depois de três anos de retração, houve um crescimento de 6,5% no mercado brasileiro de música, entre 2007 e 2008, de acordo com a ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Disco). O segmento movimentou R$ 359,9 milhões no ano passado. O mercado digital correspondeu a 12% das vendas, tendo um aumento de 79,1% em relação ao ano anterior. Desse montante, 78% vieram da telefonia móvel.

Como diferencial competitivo, as gravadoras estão, cada vez mais, ramificando sua área de atuação. Seja com estúdio de gravação, editora musical, produzindo música para videogames e trilhas sonoras ou digitalizando o conteúdo das obras. "Esse crescimento progressivo do segmento digital mostra que já vivemos o futuro do presente."

Clique aqui www1.folha.uol.com.br/folha/podcasts/ult10065u577342.shtml para ouvir o áudio da entrevista.

Mercado fonográfico

Esta matéria saiu hoje na Folha. Leiam, povo! E critiquem, façam sugestões, elogiem se for o caso... Bjooooooooo

NOVOS CANAIS

GRAVADORAS PEQUENAS DIVERSIFICAM ATIVIDADES

Independentes buscam novos negócios para ampliar faturamento


Rafael Hupsel/Folha Imagem



O músico Chico César, dono da Chita Discos, que fez parceria com grandes gravadoras para garantir distribuição














MARIANA BERGEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A ideia de crise no mercado fonográfico se repete como disco quebrado. Mas, enquanto lutam para aumentar a venda de CDs, as gravadoras apostam em diferentes canais para superar a estagnação.
Nessa toada, a área digital (telefonia móvel e internet), as associações com anunciantes, os licenciamentos, o agenciamento e a promoção de artistas são alternativas necessárias para alcançar bons resultados.
A transição é feita entre um modelo de negócio único de venda de suportes físicos e um multimodelo, destaca Paulo Rosa, presidente da ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Discos).
"O que era antes praticamente a única fonte de receita de um produtor fonográfico passa cada vez mais a dividir espaço e importância com outras fontes de receita derivada de música", acrescenta Rosa.

Pequenas

Nesse contexto, o espaço para as pequenas empresas vem crescendo. Na década de 1990, com a chegada das tecnologias digitais de gravação e a redução dos custos de fabricação dos CDs, surgiram centenas de gravadoras de menor porte. Até então, o mercado era constituído basicamente pelas companhias multinacionais, conhecidas como "majors".
Segundo a ABMI (Associação Brasileira de Música Independente), que tem 120 gravadoras associadas, há cerca de 200 gravadoras independentes no mercado, ou seja, que não estão listadas entre as "majors".
O papel das independentes no cenário é reconhecido pelas multinacionais. "Nunca se produziu tanta música quanto hoje. Essa profusão produtiva envolve os independentes em todos os lugares do mundo", afirma Sergio Affonso, presidente da Warner Music Brasil.
Segundo João Moreirão, vice-presidente da ABMI, as independentes são responsáveis por 80% da música gravada no país. Quando se fala de consumo, os números se invertem: 80% dos produtos comercializados são das "majors", e só 20% das vendas correspondem às gravadoras menores.

Parceria

Para dar vazão aos seus produtos, um dos caminhos encontrados por pequenas foi a parceira com "majors".
O cantor e compositor paraibano Chico César, 45, criou seu próprio selo, que também é estúdio e editora, a Chita Discos. "Uma "major" distribui melhor meu trabalho no mercado", conta César. Assim, ele é beneficiado com o investimento em marketing, na distribuição e na fabricação.

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FORMATO ÚNICO NÃO FUNCIONA

Quem não se adapta à realidade do mercado não consegue se manter no ramo fonográfico.
É o caso da gravadora independente Kuarup Discos. Após 31 anos no mercado, a empresa fechou as portas no final de 2008.
"A crise do CD é irreversível e tornou inviável nosso modelo de negócio", diz o ex-dono da Kuarup, Mario de Aratanha, 64.
"A empresa havia se verticalizado em direção ao disco e se afastou das outras fontes da cadeia produtiva da música", avalia.
Aratanha aproveitou sua experiência no setor e investiu na CineViola, que produz DVDs musicais.

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VENDAS DE CDS E DVDS REGISTRAM AUMENTO ENTRE AS GRANDES

Depois de três anos de retração, o mercado brasileiro de música teve um crescimento de 6,5% entre 2007 e 2008, de acordo com dados divulgados no mês passado pela ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Disco).
O número engloba receitas de vendas de CDs e DVDs, além da comercialização de produtos musicais no mercado digital (telefonia móvel e internet).
Foram contempladas nos dados apenas as dez gravadoras associadas à ABPD, que são cinco companhias multinacionais e cinco gravadoras independentes de grande porte. No total, o segmento musical movimentou R$ 359,9 milhões.
No Brasil, as vendas de produtos físicos (CDs e DVDs musicais) apresentaram um crescimento de 4,9%, enquanto as vendas no mercado digital subiram 79,1% em 2008, na comparação com 2007.
"Nós somos uma companhia de música. O que está em transição são os canais de distribuição, mas o conteúdo nunca foi tão valorizado", destaca Marcelo Castello Branco, "chairman" da EMI Music South America e presidente da EMI Brasil.

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LEVANTAMENTO

COMO OS JOVENS CONHECEM NOVAS MÚSICAS
Estudo da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) apontou que 32,6% dos cerca de mil jovens ouvidos em 2008 sempre conhecem música por meio da internet, em sites de download. Amigos (54,1%) e rádio (51,4%), no entanto, foram os mais citados como fontes com que sempre conhecem música nova.
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SEGMENTOS DIGITAIS ENGORDAM A RECEITA

Telefonia móvel e sites são canais para distribuição

O segmento da música digital representou 12% do mercado fonográfico em 2008. Dessa fatia, 78% (R$ 33 milhões) vieram da telefonia móvel, e 22% (R$ 9,68 milhões), da internet, de acordo com a ABPD.
"Artistas, gravadoras e editoras precisam de um formato de música que funcione no maior número possível de aparelhos", orienta Marinilda Boulay, pesquisadora e organizadora das publicações "Guia do Mercado Brasileiro de Música" e "Música: Cultura em Movimento".
A Trama criou sua fórmula para ampliar o número de fontes de receita. Além de fazer produção de shows, programas de rádio e de televisão, música para videogame, álbuns virtuais e CDs, a gravadora tem estúdio e editora.
"Com o patrocínio de anunciantes, é gerado faturamento nos álbuns virtuais", conta João Marcello Bôscoli, 38, fundador da Trama.

Celular

Por ser um setor em que os downloads são mais facilmente controlados, a telefonia móvel é hoje responsável pela maior fatia do faturamento no mercado digital da música.
A Takenet, que licencia e disponibiliza conteúdos musicais para celulares e atua com as principais operadoras do país, tem cerca de 200 contratos com gravadoras independentes, de acordo com Juliano Braz, diretor de operações.
"O faturamento com os "ringtones" pode ultrapassar R$ 100 mil por ano para independentes", aponta Braz.
O iMusica, empresa de gerenciamento de música digital, tem um acervo de 3 milhões de faixas, das quais 2 milhões são de gravadoras independentes. "Com um CD entregue pela gravadora, distribuímos para cerca de 200 serviços no Brasil e no mundo", afirma o presidente, Felippe Llerena. Em média, 80% do lucro é repassado para as gravadoras. O iMusica fica com 20%.
O MySpace, site que reúne 170 mil artistas brasileiros, deve criar, até o final do ano, um mecanismo de venda de faixas musicais. "Serve como popularização do artista e marketing e traz outros benefícios subsequentes, como a remuneração pelo direito autoral", explica Emerson Calegaretti, presidente do MySpace no Brasil.

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NA WEB

Benefícios de investir no mundo virtual

>> Ampliação das fontes de receita da gravadora

>> Vasta rede de distribuição de conteúdo no Brasil e no exterior, como iTunes, Amazon MP3, MSN Music e operadoras de celular

>> Conteúdo distribuído em várias plataformas

>> Controle sobre a distribuição de conteúdo digitalizado

>> Redução da pirataria

>> Expansão das lojas de varejo on-line e mais vendas legalizadas de música

>> Gerenciamento e distribuição de direitos autorais

>> Parceria com grandes operadoras de telefonia

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RAMIFICAÇÃO É DIFERENCIAL DE EMPRESA

Há dez anos no mercado fonográfico, a YB Music antecipou-se às dificuldades de sobreviver apenas do CD físico e, desde o começo, apostou em um modelo de negócios variado. "Não dá para sobreviver só com música. É preciso interagir o conteúdo com outras áreas", afirma Maurício Tagliari, 47, sócio-fundador da YB Music. A empresa faz licenciamentos internacionais, sincronização de som em mídias visuais e sonorização de videogames e possui selo, editora e estúdio.

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PIRATARIA

VENDA DE PRODUTOS ILEGAIS CRESCE 14%
Em 2008, o comércio ilegal no país somou mais de 41 milhões de CDs e DVDs piratas, um acréscimo de cerca de 14% em relação ao volume do ano anterior, de acordo com a APCM (Associação Antipirataria de Cinema e Música). Cerca de 48% do mercado fonográfico é de pirataria, e mais de 3.500 pontos de vendas já fecharam no país, segundo a APCM.

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CONSTITUIÇÃO

PROJETO DE LEI PROPÕE IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
Está em tramitação a Proposta de Emenda Constitucional nº 98/07, que determina a isenção de tributação sobre os fonogramas e os videofonogramas musicais de autores ou intérpretes nacionais produzidos no Brasil. De acordo com a PEC, os produtos estrangeiros -licenciados de outros países- não receberão o benefício.