quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Show imperdível!!!

Show da Banda Black Rio com participação de Mano Brown no dia da Consciência Negra - sexta-feira, dia 20 de novembro, 21h, na Cinemateca (Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino), em SP. GRÁTIS!!!




Foto: Apu Gomes

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Especial da Folhinha sobre bichos de estimação

Este texto foi publicado no especial sobre bichos de estimação da Folhinha. Minha matéria, como dá pra ver (dã!) foi sobre peixes. Como sempre, fazer qualquer coisa com crianças é puro aprendizado.



PEIXES

AMIZADE COLORIDA

Peixes são gostosos de olhar, mas vivem no mundinho deles
MARIANA BERGEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA (Matéria publicada na Folhinha em 31/10/09)

Ele dá pouco trabalho para cuidar e é muito gostoso de olhar. "É divertido ter peixes. São coloridos e bonitos", opina Liz Fratucci Frias, 8. Ela e a irmã, Lara, 11, têm 15 deles em um tanque em casa.
A maioria são carpas, bem grandes se comparadas aos peixinhos de aquário. "Meu pai ama os peixes porque mergulha. Quando ele viaja, sou eu que dou comida para eles", avisa Lara.
Mas não adianta ficar só olhando. Tem que observar como ele vive para poder cuidar. João Marcos Ortiz Mendes, 12, conta que quem tem um peixe precisa conhecer seus hábitos.
Uma vez, três de seus pacus morreram quando o aquário foi lavado. "Foi por causa da mudança de pH da água", explica, referindo-se ao grau de acidez.
Agora ele sabe o que querem dizer os sinais que eles dão. "Quando estão doentes, as escamas ficam diferentes, eles ficam muito parados e deixam de comer."
Marina Cartum, 7, tem um peixe beta chamado Zuzul. Mas ela diz que quer ter um aquário grande e com um monte de peixes coloridos. "É legal cuidar dele, porque eu sinto que estou cuidando de outra vida."

CUIDE DO SEU BICHO!

Fique de olho na saúde dele. Abrir muito a boca na superfície, parar de comer ou ficar menos ativo e apresentar feridas, nadadeira roída e escamas arrepiadas são sinais de doença. Com a ajuda de um adulto, limpe o aquário a cada 15 dias, trocando parte da água e retirando resíduos.

R$ 15 é o gasto por mês com comida
R$ 70 é o preço de um aquário de 10 litros, com filtro

CANTO SUBMERSO

** Aquário

Seu porte varia com o comprimento do peixe: 5 litros para cada um de até 7 cm e 70 l para maiores. Não pode receber luz natural, para evitar algas, que fazem mal ao bicho.

** Cubo

Aquário em forma de bola não é recomendado, porque o peixe gosta de ficar escondidinho no canto. E tem boca muito pequena, o que reduz o nível de oxigênio.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Black Blond



Eu total black blond. Hahahahaha!!!


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Caderno especial MBA 2009

CARREIRA

Maturidade é chave para o crescimento

Após o curso, profissionais sentem mais segurança para tomar decisões e chegam a promoção

MARIANA BERGEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA (Matéria publicada na Folha de S.Paulo no dia 18 de outubro)

Crescimento profissional, um dos objetivos de quem faz especialização em gestão, também é seu principal resultado, afirmam 44% dos entrevistados pelo Datafolha.
E se traduz especialmente em maturidade, dizem 18% deles, que avaliam ter sentido mais segurança e embasamento para tomar decisões.
"As pessoas passaram a confiar mais em mim", concorda Maximiano Xavier, 41, executivo de atendimento de uma emissora de televisão. "O curso me deu conhecimento em áreas que interferem no dia a dia das empresas com que me relaciono."
Menos de um ano depois, ele foi promovido -o que reforça o segundo índice de crescimento mais citado pelos entrevistados (12%).
"A partir do momento em que o indivíduo se dedica e se esforça tanto para fazer MBA, já ganha um diferencial, pois todos sabem que ele investiu tempo e esforço financeiro nisso", explica Fernando Viriato, diretor de RH da Accor Hospitality América Latina.
O terceiro aspecto mais citado na pesquisa foi o respeito e a valorização profissional (7%). Para Mariá Giuliese, diretora-executiva da consultoria Lens e Minarelli, o impacto na autoestima é direto, e isso se reflete em sucesso.
"Ele se posiciona mais e é mais bem percebido por pares e superiores", opina.

Na prática
Para chegar a isso, ela ressalta que é fundamental saber claramente qual é o motivo da busca do MBA e o momento certo para cursá-lo. "A escolha tem de estar alinhada com um projeto de carreira a longo prazo, senão o profissional vai gastar dinheiro à toa", afirma.
Segundo especialistas, para ter bons resultados após o curso é preciso, em primeiro lugar, atentar para sua qualidade. Uma boa especialização deve permitir que o aluno aprenda de forma prática -como em estudos de caso.
"É preciso identificar claramente o problema, estabelecer uma meta, coletar informações para analisá-lo e estabelecer um plano de ação que elimine suas causas", caracteriza Irineu Gianesi, diretor acadêmico de pós-graduação "lato sensu" do Insper (ex-Ibmec-SP).
É esse estudo aprofundado da gestão de negócios que permite ao profissional ter mais maturidade para tomar decisões. "Ele vai se sentindo mais seguro", opina Vicente Ferreira, vice-diretor de educação executiva do Coppead UFRJ (instituto de pós-graduação e pesquisa em administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro).

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Gestão do tempo ajuda a subir

Pouco depois de concluir o MBA, em 2008, Paulo de Tarso Pires de Moraes, 30, foi promovido a gerente de novos negócios para o varejo no Itaú-Unibanco. Para ele, o curso dá aptidão para diferentes tarefas. "Aprender a lidar com o tempo traz mais segurança. O respeito e a valorização vieram muito porque passei dois anos em treinamento constante", avalia.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Vida Loka






Da esq. para a dir.; Seu Jorge, Mano Brown, Don Pixote e William Magalhães




Faz mais de um mês que não consigo parar para escrever aqui. Na verdade, tá difícil achar tempo pra qualquer coisa. Se liga na situação: só na Folha, estou fazendo uma página de um especial da Folhinha, uma página do especial de MBA, vou fazer um perfil para o especial do Prêmio Empreendedor Social na semana que vem e entreguei hoje a última revisão de um livro da Publifolha editado por mim e pelo Cássio. Na semana que vem entrego a capa de turismo do Diário do Comércio, que é sobre Moçambique. Voltei no final da semana passada de uma reunião no Ministério da Cultura, em que recusei uma proposta irrecusável e bati o martelo em um projeto quase utópico. Acabo de sair de uma encontro impactante com William Magalhães, Mano Brown, Seu Jorge (o mundo que se prepare para a união cada vez mais consistente desses monstros), Don Pixote e Mariana Jorge. E amanhã pela manhã tenho uma reunião para fechar mais um babado das mil e uma noites. Vida loka irmão, vida loka.

sábado, 22 de agosto de 2009

Blog Carreiras

Como colaboradora há quase cinco anos (já participei mais do que hoje...) do caderno de Empregos e Negócios da Folha e, conhecendo bem as figurinhas que estão envolvidas nessa empreitada, estou certa de que o blog será uma fonte bastante útil e séria para quem acompanhá-lo. Abaixo, email do melhor chefe do mundo _além de profissional competente, meu sócio, amigo leal e pessoa extraordinária_ convidando a gente a blogar.
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Amigos e amigas

Para vocês que têm acompanhado o caderno Empregos&Carreiras -e muita vezes até nos salvado, né?!-, trago aqui uma boa notícia: estreia amanhã, domingo, o blog Carreiras.
Trata-se não só de uma extensão do caderno semanal mas sobretudo uma forma de interagir com os leitores, além de apresentar notícias em primeira mão.
Teremos de tudo: vagas para executivos, estágiários, trainees, concurseiros; dicas de carreira; vídeos e podcasts exclusivos!
Não deixe de nos acompanhar diariamente e, claro, espalhem para todos! Afinal, buscar a felicidade na vida profissional é (ou deveria ser) objetivo de todo mundo, não?
Um grande abraço!
Cássio

Blog Carreiras (Folha Online)
http://carreiras.folha.blog.uol.com.br

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Reviravolta EXPOCATADORES 2009

Conheço bem o povo da Giral, que está fazendo a produção executiva do evento, e boto fé no trabalho dessa trupe. Pra mim, qualquer iniciativa que contemple parcelas invisíveis da sociedade _que são fundamentais para a cadeia com o impacto de suas ações _ é válida. O que dizer, então, de ações bem articuladas e com propósito de resgatar a cidadania dessas pessoas e inseri-las social e economicamente na realidade de um país que precisa abrir os olhos para essa fração da sociedade?
Segundo a Carol, da Giral, "estima-se hoje que pelo menos 400 mil brasileiros vivam da catação – algumas pesquisas apontam que esse número passa de meio milhão de pessoas. O Brasil movimenta anualmente ridículos 1,2 bilhões de dólares com a reciclagem – nos EUA, essa indústria fatura 120 bi ao ano. É um resultado equivalente ao das montadoras de carros americanas, e com margens de lucros maiores. Ou seja, é um mercado com imenso potencial de crescimento, e que apresenta oportunidade de inclusão social e econômica de muita, muita gente. Os catadores se organizam em associações, cooperativas e redes buscando profissionalizar seu trabalho, fazer da catação uma alternativa digna de renda. Em 2009, o Movimento Nacional de Catadores completa dez anos. E, pela primeira vez, esse Movimento realiza um grande evento, reunindo catadores de todo o Brasil, América Latina e Caribe – para mostrar o que já conquistaram, discutir os desafios, dialogar com as indústrias, empresários e poder público. Vai ter presidente, ministros e, claro, o Vik Muniz!"
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Em outubro, São Paulo sedia a Reviravolta EXPOCATADORES 2009, evento internacional do Movimento de Catadores de Materiais Recicláveis

De 28 a 30 de outubro, São Paulo será palco para a Reviravolta EXPOCATADORES 2009, um evento voltado para as associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis da América Latina e Caribe e demais atores com interesse no tema.
Com presença confirmada do Presidente da República, serão apresentados avanços e conquistas do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis através de articulações e desenvolvimento de projetos, entre os quais se destaca a recente constituição da Rede Latino Americana e Caribenha de Catadores.
Será demonstrado o balanço das ações do Comitê Interministerial de Inclusão Social dos Catadores de Materiais Recicláveis, com presença dos ministros envolvidos.
O evento reunirá mais de 1500 catadores de todos os estados brasileiros, América Latina e Caribe. São esperados cerca de seis mil visitantes, entre empresários, ONGs, organizações de fomento, poder público e pesquisadores ligados aos temas de reciclagem e desenvolvimento sustentável.
EXPOCATADORES 2009 será um espaço de disseminação de conhecimentos, exposição de projetos sociais, iniciativas empresariais e tecnologias para aprimoramento da gestão da coleta seletiva solidária.
São objetivos do encontro:
- Promover diálogo entre diferentes atores (Estado, iniciativa privada e organizações sociais), estimulando o desenvolvimento de alternativas mercadológicas para o setor;
- Fomentar o desenvolvimento de políticas públicas de inclusão das organizações de catadores nos sistemas oficiais de coleta seletiva;
- Divulgar mecanismos de financiamento e melhores práticas de gestão organizacional.
A grade de atividades é composta por: (i) Encontro Internacional de Catadores de Materiais Recicláveis, (ii) seminário estratégico e (iii) feira para exposições de projetos ligados à promoção da coleta seletiva solidária, de máquinas e equipamentos e dos serviços desenvolvidos pelas organizações de catadores.
O evento traz à tona a importância das organizações de catadores para a sustentabilidade dos programas de coleta seletiva, e o grande potencial de transformação sociocultural que este modelo proporciona.
www.expocatadores.com.br

Reviravolta EXPOCATADORES 2009 Quando 28, 29 e 30 de outubro de 2009
Onde: Mart Center - Rua Chico Pontes, 1500 – Vila Guilherme – São Paulo – SP
Horários: A Feira de Exposições terá visitação gratuita, das 10h às 22h.
O Encontro é de participação exclusiva de catadores de materiais recicláveis, das 8h às 18h. O Seminário acontecerá das 8h às 18h com inscrições abertas a partir de setembro.
Exposição compacta série lixo VIK MUNIZ visitação gratuita, das 10h às 22h.
Mais informações: (11) 3207-8190 ou expocatadores@gmail.com
Promoção e Realização: Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis
Assessoria Executiva: Giral viveiro de projetos
Patrocínio: Fundação AVINA; Secretaria Nacional de Economia Solidária – MTE; Fundação Banco do Brasil.
Apoio: Natura Cosméticos

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Globo Escolar



Dê um giro rapidinho pelo mapa-múndi para saber como funcionam as aulas em outros países








NAS SALAS DE AULA DO MUNDO

MARIANA BERGEL
Colaboração para a FOLHA
(Matéria publicada no dia 8 de gosto de 2009 na Folhinha)

Não pense que só a língua que se fala é diferente. Em outros países, professores são chamados pelo sobrenome, há esqui nas viagens, e as crianças aprendem coreografias de torcida organizada

((((LONDRES, INGLATERRA))))

Férias curtinhas

Às vezes, você daria tudo para ter uma folguinha? Luiza Souza, 8, de Londres, na Inglaterra, tem uma semana de folga da escola a cada mês e meio. Em compensação, as férias de verão duram só seis semanas.
A cada três meses, os alunos têm um passeio educativo. Um deles foi para uma fazenda em estilo romano. "Aprendemos a cozinhar como os romanos", conta.
Luiza vai para o colégio a pé ou de patinete. As disciplinas preferidas dela são educação física e matemática, e os professores não são chamados pelo nome, mas por senhor ou senhora, seguido do sobrenome.


((((SANTIAGO, CHILE)))))))))

Torcida organizada

Os passeios escolares de Darinka Marin Ourcilleon, 11, que vive em Santiago, no Chile, variam de cinema a visitas a fábricas de pizza. Já sua irmã Sayen, 8, visita o Corpo de Bombeiros.
Na escola, que é particular, o uniforme é obrigatório. Os professores delas são chamados de "tio" ou "tia", seguido do nome.
Além das matérias que fazem parte da grade curricular, Darinka faz balé e aprende coreografias de torcida organizada.
Já Sayen faz ginástica. Entre as disciplinas preferidas, as duas escolhem matemática e inglês. Darinka gosta também de ciências naturais, e Sayen, de espanhol.

(((((LUANDA, ANGOLA)))))

Solidariedade no currículo

Em Luanda, capital da Angola -país que, como o Brasil, foi colônia de Portugal-, João Victor Guimarães Saraiva, 12, estuda em um colégio particular português. O emblema da escola estampa o uniforme, que é composto de camisa polo azul, calça jeans e tênis.
Fora as disciplinas do currículo básico, ele faz judô e natação. "Participo também das aulas de reforço de francês e português."
No tempo livre, João Victor anda de skate, joga bola e estuda. Ele também faz parte de um grupo que dá apoio a uma comunidade carente.

(((((CADRO, SUÍÇA)))))

Semana Branca e verde

As irmãs Paloma, 12, e Lorena Martinaglia, 10, de Cadro, na Suíça, dedicam-se muito ao reforço do que aprendem em aula. "A gente passa a maior parte do tempo estudando, até nos finais de semana", conta Lorena.
Mas não ficam só na sala de aula. Há passeios como o da Semana Branca, de esqui e acampamento, e a Semana Verde, de caminhadas.
Na escola, que é pública, os professores são chamados pelo nome. Além das aulas tradicionais, elas têm italiano, francês, ginástica rítmica, música, costura e religião.

(((((KIBUTZ MAAGAN MICHAEL, ISRAEL)))))

Bê-á-bá no kibutz

A natureza é muito presente para Noga Linder, 9, de Israel. Ela vive e estuda no kibutz Maagan Michael, uma comunidade agrícola.
Nesses lugares, além de um refeitório comunitário, há piscinas, parquinhos e muitos jardins. Como a escola fica bem pertinho de casa, Noga vai de bicicleta.
Os professores são chamados pelo primeiro nome, e a escola é pública. A garotada leva lanche para o intervalo. Noga aprende a tocar flauta e a jogar tênis e faz dança moderna e artes.

(((HONG KONG, CHINA)))

Fantasia na escola

Os gêmeos Bruno e Gabriela Pessina Graneiro, 7, moram em uma cidade grande: Hong Kong, na China. Mas, com a escola, têm a oportunidade de conhecer lugares menores.
Certa vez, quando estudavam sobre a vida em comunidade, foram de barco para uma vila a 30 minutos dali.
Nas datas comemorativas chinesas, todo mundo vai fantasiado. Depois das aulas, eles fazem outras atividades. "A gente tem futebol e mandarim [idioma falado na China]", conta Bruno. Outras opções são balé, judô, tênis e xadrez.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Falta tempo...



Eu e Marquinho O Sócio com as tranças feitas pelo Devasto. Ah, moleque!!!









Faz tanto tempo que não escrevo nada aqui no blog que resolvi passar só para me justificar... Na verdade, queria que ele fosse apenas um espaço para contar aos amigos o que ando fazendo e reproduzir textos de minha autoria que foram publicados em algum lugar. O problema é quando se trata de contar minha vida... O que poderia ser algo bacana passa a ser motivo pro povo que vive na oposição da vida badernar a minha ralação e ficar gorando cada passo da caminhada. Aí é foda.
Precisava fazer esse desabafo, mas a verdade é que não tenho escrito por falta de tempo mesmo. Tem sido muuuuita correria, todos os dias. São muitas frentes para dar conta e pouca Mariana pra tantas ações. Mas os aliados, apesar de poucos, são porretas. E, fazer esse tanto de coisa, ainda que eu me sinta e esteja de fato sobrecarregada, só é possível com as parcerias que viver o bem proporciona. Não dá pra contar tudo o que anda rolando, mas vem bastante coisa boa pela frente. Boto fé.

ps: quem não veio na minha festinha de aniversário perdeu a melhor balada do ano... rsrsrsrs

domingo, 12 de julho de 2009

Doa a quem doer





Eu, Marina e Giu assistindo o pôr-do-sol em Table Mountain, Cape Town, África do Sul






Quem vive na sombra não sabe o que é bom. Eu vivo no sol. Satisfação pra mim é acordar tranquila e saber que estou plantando o bem. Qualquer coisa que eu faça tem intenção positiva. Quando eu era mais nova, se me frustrava com alguma coisa, tinha logo o ímpeto de me vingar. O tempo foi passando, fui levando muito cacete da vida. Mas, a vida sempre teve muito mais coisas boas do que ruins, disso não posso me queixar. Nunca tiva a manha de colocar minhas ideias vingativas em prática; quando tentava, era um fiasco: eu mesma acabava me entregando antes de botar o plano mirabolante em ação. Ou com ele em andamento, o que é pior. Desisti dessa vibe errada. Depois de um banho de Índia e, especialmente, depois de conhecer o Dalai Lama, em 2004, entendi que a vingança é uma ilusão. Se alguém me faz algo negativo, deixo pra lá. Sabe, a vida mostra a verdade em cada esquina. Doa a quem doer.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Lá no Planalto Central






Banda Black Rio e equipe








Voltei ontem do Distrito Federal. Fui no sábado, levando a Banda Black Rio para um show bonzaço que rolou no Festival de Inverno de Brasília. A banda voltou e ficamos William, Caco, Bapt e eu, pois teríamos uma reunião com o alto-escalão do Ministério da Cultura na segunda-feira. Foi preciso muita discussão para afinar os instrumentos e entrarmos todos em harmonia na sala em que fomos recebido pelo Zé Luiz Herência, secretário de políticas culturais do Minc. No sábado, o Alfredo Manevy, secretário executivo do Minc, tinha ido ao show para sacar a banda, pois não poderia estar na reunião. E levou mais uma comissão de um par de figuras do ministério junto pra curtir a Black e fechar a noite (ou começar o dia) as 5h30 da manhã com o show do mestre Jorge Ben Jor.
A aproximação com o Minc tem me surpreendido. Quando fiz o primeiro contato, com recomendação do guru Gilberto Gil, em nome da Black Rio, realmente não vislumbrei o que parece estar se desenhando. As perspectivas são boas demais: só vai depender de um bom planejamento, de boas ideias e de boa execução. Até que chegue a hora de a Black Rio e o balaio de artistas e significados que seguem com ela, literalmente, subirem no palco (ou seria no pódio?).
Fico extremamente satisfeita por saber que são pessoas como as que conheci que estão trabalhando em prol da cultura no país. Além de serem agradáveis, são sensíveis, inteligentes, competentes e, acima de tudo, estão preocupadas em destacar a pluralidade do país. Estão cientes de que é preciso escancarar o impacto da cultura negra na construção da diversidade cultural do Brasil, de que urge ceder o protagonismo para os legítimos responsáveis pela formação da identidade brasileira.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Festival internacional do documentário musical

Descobri que vai rolar esse festival e achei super bacana. Vou me esforçar para ver alguns dos fimes. Música, cinema, literatura, é tudo nosso. Bora lá? A programação está no site www.in-edit-brasil.com e o texto abaixo eu copiei de lá mesmo.


































Nascido em Barcelona há 7 anos, para fomentar a produção desse gênero cinematográfico e oferecer ao público a oportunidade de ver títulos difíceis de encontrar nos circuitos comerciais, o festival In-Edit Brasil é uma ideia que começa a dar a volta ao mundo. Depois de 6 edições na capital catalã, o IN-EDIT chegou há 5 anos a Santiago do Chile, e em 2009, desembarcou em Buenos Aires e Puebla (México) antes de aterrissar em terras brasileiras.

Com 29 filmes internacionais e 15 nacionais, dos quais 6 estarão em competição, o IN-EDIT BRASIL dará ao público a decisão de escolher o melhor documentário musical brasileiro inédito e que será apresentado em Barcelona em outubro.

Além da exibição de filmes, o festival contará com a presença de diretores durante algumas sessões, shows, palestras, debates e outras atividades. Entre os convidados está o diretor espanhol Fernando Trueba, ganhador de um Oscar, que apresentará seus dois documentários musicais “El milagro de Candeal” e “Calle 54”. Nessas duas semanas de projeções, esperamos que você curta seus artistas favoritos, conheça novas músicas e participe das atividades paralelas. Porque uma oportunidade de ver filmes como esses, só no ano que vem.

sábado, 20 de junho de 2009

Uruguai Natural






















Estive por duas vezes no Uruguai, ambas com meu irmão. A primeira foi em 1996 _inclusive, foi também o primeiro país estrangeiro que visitei _, e a segunda, em 2006. Gostei bastante de lá, e Cabo Polonio foi o destino preferido dentre os lugares que visitei. A matéria abaixo foi publicada no caderno Turismo , da Folha de S.Paulo, em 1º de junho de 2006.

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De acesso difícil, cercada por areia, península a 260 km da capital vive sem água corrente e eletricidade

Dunas protegem charme rústico de Cabo Polonio

MARIANA BERGEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM CABO POLONIO




















Ainda que não seja uma ilha, Cabo Polonio vive completamente isolada. Essa península, localizada a 260 km de Montevidéu, no distrito de Rocha, é cercada por dunas que alcançam até 30 m de altura. A natureza foi generosa ao dificultar o acesso a esse vilarejo de maneira tão charmosa. Descoberto por turistas há menos de 30 anos, Cabo Polonio ainda mantém sua aura primitiva: não há luz elétrica nem água corrente.
Mas o mais importante não é sentir o que falta, e sim o que sobra: noites estreladas iluminadas pela lua e pelo farol, paisagens dominadas pelo mar cheio de lobos e leões-marinhos, baleias e aves de todos os tamanhos e um tapete de areia que se estende pelas praias a perder de vista.
Em frente ao povoado, encontra-se um grupo de três ilhas, as islas de Torres, que constituem um dos mais importantes assentamentos de lobos-marinhos da América do Sul, além de abrigarem inúmeras gaivotas. Essas ilhas também são o lugar de reprodução dos leões-marinhos. Das rochas de Cabo Polonio é possível observá-los fazendo todo tipo de acrobacia na água, e, aos pés do farol, dezenas deles se esparramam sob o sol. À noite, os grunhidos dos animais são o único ruído que corta o silêncio desse pequeno refúgio.

Travessia
Chegar a Cabo Polonio requer uma pitada de espírito de aventura: distante 8 km da ruta 10- a única estrada que leva à região-, só é possível transpor o caminho de areia que cerca a entrada da península em automóveis 4x4, a cavalo ou até mesmo caminhando.
É proibido entrar com veículo próprio, por isso é preciso recorrer a camionetes especialmente adaptadas com rodas gigantes de uma das seis agências autorizadas a transitar no local. Há saídas de uma em uma hora, e o preço é fixo (120 pesos, cerca de R$ 11,50).
Para quem acaba de chegar, Cabo Polonio se mostra um pouco desordenado: não há ruas demarcadas ou qualquer característica que remeta a um centro urbano. As casas, que não somam mais de 150, têm poços de água, hortas e criação de galinhas e ovelhas. A maioria é de madeira ou pintada de branco. Todas estão espalhadas, sem ordem.
A população local é de apenas 70 pessoas, mas boa parte das casas é de veraneio e, por isso, ficam vazias durante meses. Sorte de quem as ergueu enquanto era permitido. Desde 1992, para proteger a riqueza natural da península, o governo proíbe qualquer tipo de construção na península.
Toda essa atmosfera faz de Cabo Polonio um segredo. Não chega a ser considerado um lugar turístico para muitos uruguaios e não aparece na maioria dos guias de viagem. É justamente esse seu encanto: ser um destino especial, aonde se chega porque alguém contou que esteve lá.


AGÊNCIAS - La Estrella del Cabo: 00/xx/598/99/87-0868; El Paraiso: 00/xx/598/99/63-5441
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Nome da península veio de naufrágios de embarcações

















Zona de costas rochosas e perigosas para a navegação, Cabo Polonio reúne uma quantidade considerável de naufrágios. Duas dessas tragédias disputam a origem do nome do lugar.
A primeira versão é a de que a denominação teria surgido em 1735, com um naufrágio da embarcação Polonio, proveniente de Cádiz, Espanha. A segunda teoria defende que um acidente com um navio contrabandista comandado por Joseph Polloni, poucos anos depois, teria sido o responsável pelo batismo.
Construído em 1880 pelos ingleses, o farol com 25 m de altura e 124 degraus tinha como objetivo advertir os marinheiros sobre o perigo da península e diminuir o alto número de desastres marítimos que ocorriam por lá. Em 1976, o farol se tornou monumento nacional.
Seguindo pela costa, as pedras cedem espaço a quilômetros de praias desertas: de um lado do farol está a praia de Calavera e, do outro lado, a praia Sur. A areia é dura, e o vento ameniza o calor, que durante o dia é escaldante, próprio do clima subtropical. No verão, a temperatura passa de 30C e, durante o inverno, pode chegar a 2C. As noites são sempre frias, mesmo nos meses mais quentes -em virtude dos fortes ventos vindos do Atlântico.
O pôr-do-sol é longo e tinge o céu dos tons mais variados. O espetáculo vem sempre acompanhado da coreografia dos grupos de gaivotas que sobrevoam a região.
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Comandado por um cego, bar em formato de labirinto merece visita

À noite, comércios e casas ganham um visual romântico, com velas penduradas nos tetos e espalhadas pelo chão. São comuns as reuniões em pequenos bares à luz de velas.
Entre eles, o mais curioso é o bar de Josuelo, um nativo de Cabo Polonio. O teto e as paredes são cobertos com os mais variados tipos de planta, o chão é de areia, e as mesas são dispostas em corredores que formam um labirinto. Cego há alguns anos, Josuelo conhece cada milímetro de seu inusitado estabelecimento.
As opções de hospedagem não são variadas. As melhores e com localização privilegiada são a pousada Mariemar e a hostería La Perla. Ambas ficam na praia Sur, e os preços variam de U$ 35 a U$ 50, com café da manhã. Contam com geradores, que oferecem luz por um par de horas.
Também é muito comum os viajantes alugarem casas de veraneio ou de moradores locais a preços negociáveis.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Plenitude

















Sou confusão,
Mas sou paz
no coração.

Sou ladeira em declive
Esperando pelo vento
Que vêm saciar minha fome
E me trazer plenitude.

Sou só luz,
sensação de amor,
inspiração do som
que reverbera minha alma
na voz dos apaixonados.

domingo, 7 de junho de 2009

Mercado Fonográfico outra vez

07/06/2009 - 02h30
Novas interfaces musicais provocam mudanças na cadeia de produção

MARIANA BERGEL
Colaboração para a Folha

Uma reviravolta no mercado fonográfico, decorrente da proliferação das novas tecnologias, fez com que as gravadoras mudassem seu modelo de negócios para se adaptar à uma nova realidade.

"De 1997 até o momento atual, ocorreu uma mudança radical no acesso à música, com a migração do mundo da música analógica para o universo da música digital, os hábitos de consumo da música são hoje totalmente diferentes", explica Marinilda Boulay, pesquisadora e organizadora das publicações "Guia do Mercado Brasileiro de Música" e "Música: Cultura em Movimento", além do site www.guiadamusica.org.

Depois de três anos de retração, houve um crescimento de 6,5% no mercado brasileiro de música, entre 2007 e 2008, de acordo com a ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Disco). O segmento movimentou R$ 359,9 milhões no ano passado. O mercado digital correspondeu a 12% das vendas, tendo um aumento de 79,1% em relação ao ano anterior. Desse montante, 78% vieram da telefonia móvel.

Como diferencial competitivo, as gravadoras estão, cada vez mais, ramificando sua área de atuação. Seja com estúdio de gravação, editora musical, produzindo música para videogames e trilhas sonoras ou digitalizando o conteúdo das obras. "Esse crescimento progressivo do segmento digital mostra que já vivemos o futuro do presente."

Clique aqui www1.folha.uol.com.br/folha/podcasts/ult10065u577342.shtml para ouvir o áudio da entrevista.

Mercado fonográfico

Esta matéria saiu hoje na Folha. Leiam, povo! E critiquem, façam sugestões, elogiem se for o caso... Bjooooooooo

NOVOS CANAIS

GRAVADORAS PEQUENAS DIVERSIFICAM ATIVIDADES

Independentes buscam novos negócios para ampliar faturamento


Rafael Hupsel/Folha Imagem



O músico Chico César, dono da Chita Discos, que fez parceria com grandes gravadoras para garantir distribuição














MARIANA BERGEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A ideia de crise no mercado fonográfico se repete como disco quebrado. Mas, enquanto lutam para aumentar a venda de CDs, as gravadoras apostam em diferentes canais para superar a estagnação.
Nessa toada, a área digital (telefonia móvel e internet), as associações com anunciantes, os licenciamentos, o agenciamento e a promoção de artistas são alternativas necessárias para alcançar bons resultados.
A transição é feita entre um modelo de negócio único de venda de suportes físicos e um multimodelo, destaca Paulo Rosa, presidente da ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Discos).
"O que era antes praticamente a única fonte de receita de um produtor fonográfico passa cada vez mais a dividir espaço e importância com outras fontes de receita derivada de música", acrescenta Rosa.

Pequenas

Nesse contexto, o espaço para as pequenas empresas vem crescendo. Na década de 1990, com a chegada das tecnologias digitais de gravação e a redução dos custos de fabricação dos CDs, surgiram centenas de gravadoras de menor porte. Até então, o mercado era constituído basicamente pelas companhias multinacionais, conhecidas como "majors".
Segundo a ABMI (Associação Brasileira de Música Independente), que tem 120 gravadoras associadas, há cerca de 200 gravadoras independentes no mercado, ou seja, que não estão listadas entre as "majors".
O papel das independentes no cenário é reconhecido pelas multinacionais. "Nunca se produziu tanta música quanto hoje. Essa profusão produtiva envolve os independentes em todos os lugares do mundo", afirma Sergio Affonso, presidente da Warner Music Brasil.
Segundo João Moreirão, vice-presidente da ABMI, as independentes são responsáveis por 80% da música gravada no país. Quando se fala de consumo, os números se invertem: 80% dos produtos comercializados são das "majors", e só 20% das vendas correspondem às gravadoras menores.

Parceria

Para dar vazão aos seus produtos, um dos caminhos encontrados por pequenas foi a parceira com "majors".
O cantor e compositor paraibano Chico César, 45, criou seu próprio selo, que também é estúdio e editora, a Chita Discos. "Uma "major" distribui melhor meu trabalho no mercado", conta César. Assim, ele é beneficiado com o investimento em marketing, na distribuição e na fabricação.

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FORMATO ÚNICO NÃO FUNCIONA

Quem não se adapta à realidade do mercado não consegue se manter no ramo fonográfico.
É o caso da gravadora independente Kuarup Discos. Após 31 anos no mercado, a empresa fechou as portas no final de 2008.
"A crise do CD é irreversível e tornou inviável nosso modelo de negócio", diz o ex-dono da Kuarup, Mario de Aratanha, 64.
"A empresa havia se verticalizado em direção ao disco e se afastou das outras fontes da cadeia produtiva da música", avalia.
Aratanha aproveitou sua experiência no setor e investiu na CineViola, que produz DVDs musicais.

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VENDAS DE CDS E DVDS REGISTRAM AUMENTO ENTRE AS GRANDES

Depois de três anos de retração, o mercado brasileiro de música teve um crescimento de 6,5% entre 2007 e 2008, de acordo com dados divulgados no mês passado pela ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Disco).
O número engloba receitas de vendas de CDs e DVDs, além da comercialização de produtos musicais no mercado digital (telefonia móvel e internet).
Foram contempladas nos dados apenas as dez gravadoras associadas à ABPD, que são cinco companhias multinacionais e cinco gravadoras independentes de grande porte. No total, o segmento musical movimentou R$ 359,9 milhões.
No Brasil, as vendas de produtos físicos (CDs e DVDs musicais) apresentaram um crescimento de 4,9%, enquanto as vendas no mercado digital subiram 79,1% em 2008, na comparação com 2007.
"Nós somos uma companhia de música. O que está em transição são os canais de distribuição, mas o conteúdo nunca foi tão valorizado", destaca Marcelo Castello Branco, "chairman" da EMI Music South America e presidente da EMI Brasil.

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LEVANTAMENTO

COMO OS JOVENS CONHECEM NOVAS MÚSICAS
Estudo da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) apontou que 32,6% dos cerca de mil jovens ouvidos em 2008 sempre conhecem música por meio da internet, em sites de download. Amigos (54,1%) e rádio (51,4%), no entanto, foram os mais citados como fontes com que sempre conhecem música nova.
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SEGMENTOS DIGITAIS ENGORDAM A RECEITA

Telefonia móvel e sites são canais para distribuição

O segmento da música digital representou 12% do mercado fonográfico em 2008. Dessa fatia, 78% (R$ 33 milhões) vieram da telefonia móvel, e 22% (R$ 9,68 milhões), da internet, de acordo com a ABPD.
"Artistas, gravadoras e editoras precisam de um formato de música que funcione no maior número possível de aparelhos", orienta Marinilda Boulay, pesquisadora e organizadora das publicações "Guia do Mercado Brasileiro de Música" e "Música: Cultura em Movimento".
A Trama criou sua fórmula para ampliar o número de fontes de receita. Além de fazer produção de shows, programas de rádio e de televisão, música para videogame, álbuns virtuais e CDs, a gravadora tem estúdio e editora.
"Com o patrocínio de anunciantes, é gerado faturamento nos álbuns virtuais", conta João Marcello Bôscoli, 38, fundador da Trama.

Celular

Por ser um setor em que os downloads são mais facilmente controlados, a telefonia móvel é hoje responsável pela maior fatia do faturamento no mercado digital da música.
A Takenet, que licencia e disponibiliza conteúdos musicais para celulares e atua com as principais operadoras do país, tem cerca de 200 contratos com gravadoras independentes, de acordo com Juliano Braz, diretor de operações.
"O faturamento com os "ringtones" pode ultrapassar R$ 100 mil por ano para independentes", aponta Braz.
O iMusica, empresa de gerenciamento de música digital, tem um acervo de 3 milhões de faixas, das quais 2 milhões são de gravadoras independentes. "Com um CD entregue pela gravadora, distribuímos para cerca de 200 serviços no Brasil e no mundo", afirma o presidente, Felippe Llerena. Em média, 80% do lucro é repassado para as gravadoras. O iMusica fica com 20%.
O MySpace, site que reúne 170 mil artistas brasileiros, deve criar, até o final do ano, um mecanismo de venda de faixas musicais. "Serve como popularização do artista e marketing e traz outros benefícios subsequentes, como a remuneração pelo direito autoral", explica Emerson Calegaretti, presidente do MySpace no Brasil.

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NA WEB

Benefícios de investir no mundo virtual

>> Ampliação das fontes de receita da gravadora

>> Vasta rede de distribuição de conteúdo no Brasil e no exterior, como iTunes, Amazon MP3, MSN Music e operadoras de celular

>> Conteúdo distribuído em várias plataformas

>> Controle sobre a distribuição de conteúdo digitalizado

>> Redução da pirataria

>> Expansão das lojas de varejo on-line e mais vendas legalizadas de música

>> Gerenciamento e distribuição de direitos autorais

>> Parceria com grandes operadoras de telefonia

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RAMIFICAÇÃO É DIFERENCIAL DE EMPRESA

Há dez anos no mercado fonográfico, a YB Music antecipou-se às dificuldades de sobreviver apenas do CD físico e, desde o começo, apostou em um modelo de negócios variado. "Não dá para sobreviver só com música. É preciso interagir o conteúdo com outras áreas", afirma Maurício Tagliari, 47, sócio-fundador da YB Music. A empresa faz licenciamentos internacionais, sincronização de som em mídias visuais e sonorização de videogames e possui selo, editora e estúdio.

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PIRATARIA

VENDA DE PRODUTOS ILEGAIS CRESCE 14%
Em 2008, o comércio ilegal no país somou mais de 41 milhões de CDs e DVDs piratas, um acréscimo de cerca de 14% em relação ao volume do ano anterior, de acordo com a APCM (Associação Antipirataria de Cinema e Música). Cerca de 48% do mercado fonográfico é de pirataria, e mais de 3.500 pontos de vendas já fecharam no país, segundo a APCM.

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CONSTITUIÇÃO

PROJETO DE LEI PROPÕE IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
Está em tramitação a Proposta de Emenda Constitucional nº 98/07, que determina a isenção de tributação sobre os fonogramas e os videofonogramas musicais de autores ou intérpretes nacionais produzidos no Brasil. De acordo com a PEC, os produtos estrangeiros -licenciados de outros países- não receberão o benefício.

domingo, 31 de maio de 2009

Mulher Elétrica

Essa música é uma parceria do Mano Brown com William Magalhães e vai sair no novo disco da Banda Black Rio. A letra, a levada, é tudo bom pra caralho. Escuta só!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Manhã qualquer

















Amanheceu e tudo escureceu.
Já não vejo o sol,
Tampouco vejo a lua
Que há pouco brilhava no céu estrelado.

Mantenho-me à espreita,
Sem provar o gosto da tua alma,
Ou dar-te meu beijo de pecado,
Que se esquiva amedrontado.

Sonhei com teu gosto sublime e doce
E com o cheiro de tua nuca,
Mas o medo impede a culpa que me consome
E meus sentidos já não são só meus.

sábado, 23 de maio de 2009

Assalto na Praça Roosevelt

Fui assaltada. É isso aí. Agora há pouco, sexta-feira, por volta de 1h30 da manhã. Cacetada, parece que a vida fica testando a gente e junta um monte de coisa ruim num mesmo momento. Resultado disso: crise. Mas deixa a crise pra lá...

Tava felizona, tinha ido num show com a Adri no Galharufa, na Praça Roosevelt, e queria mostrar o outro lado da praça pra ela. A rua que contorna a praça estava bombando de gente; lá tem se tornado um pólo cultural que reúne um monte de artistas e nego metido a intelectualóide. E muito nóia também, já que a praça está abandonada.

Fizemos um caminho passando pela frente da igreja e do batalhão da polícia militar. Adivinha onde foi o assalto? Bem na frente do batalhão. O cara chegou junto nervosão. Chutaria que está em começo de carreira. Descrição física? Mulato, gordinho, camiseta branca, jaqueta jeans, calça escura e mochila nas costas. Colou do meu lado: - Passa o celular. Fiquei atordoada, sem saber o que fazer. Com quatro celulares na bolsa: um que era o que eu usava para a Black Rio e ainda não tinha passado todos os contatos para o Nextel (que é o que ele levou e que eu tinha há menos de um mês), o meu antigo da Vivo com zilhões de contatos importantes profissional e pessoalmente (mas que não tinha mais função desde ontem, quando mudei para a Claro) e o celular novo, da operadora nova que eu contratei.

Enfiei a mão na bolsa, meio sem saber o que fazer: qual dos celulares era menos importante? Eu tinha tempo para avaliar isso naquele momento? O cara não mostrou arma, mas sei lá. Minha vida, minha integridade física valem bem mais do que qualquer bem material que eu possa ter. Mas que dá raiva, dá. Ele pediu pra Adri dar o dela também, mas ela estava mais distante dele e disse que não tinha. Ele saiu vazado, quase tão (ou mais) assustado do que nós duas.

Entrei correndo no batalhão da polícia, gritando por socorro. Em poucos minutos, saímos eu, adri e dois policiais numa viatura para caçar o ladrão. Rodamos cerca de uma hora e nada. Deve ter subido no primeiro ônibus que viu. Mas a situação toda me leva a pensar uma série de coisas. Como é que pode rolar roubo atrás de roubo na frente de um batalhão da polícia, em um lugar que tem uma vida cultural super ativa? Soube de alguns outros assaltos na mesma noite. Eu fico com raiva daquele mané que me assaltou que, não me pareceu nem de longe que estava na nóia de droga ou que tivesse alguma prática em assaltos. O cerco fechou e o mano precisa pagar as contas ou, pelo menos alimentar uma família? É isso? E a polícia ia pegar o nego e fazer o que? Encher o cara de porrada? Que caralho de país! Devo ficar com raiva do batedor de carteira que, por sorte não me machucou e levou mais nada meu, ou devo ficar revoltada com a situação caótica de um país que exclui mais e mais as pessoas, deixando uma massa no limbo e privilegiando alguns poucos que tem poder e grana?

Confesso que queria muito reaver meu telefone, ainda mais porque tinha o número de um monte de gente que eu tomava o maior cuidado pra nao vazar: desde meus amigos, minha mãe, meu pai, celebridades do tipo Elza Soares, Chico César, Seu Jorge, Mano Brown, até o secretário executivo do Ministério da Cultura. Vou deitar com a sensação de fazer parte de um sistema que eu odeio com todas as forças. E contra o qual eu luto com as armas que tenho: honestidade, vontade de mudança, fé, união de forças do bem, minha capacidade intelectual, o quarto poder... acho que são poucas minhas ferramentas. Vou dormir (ou pelo menos tentar) com uma tremenda sensação de impotência.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Um novo mundo no meio do caos


















Em janeiro de 2004, depois de passar oito meses em Londres e um mês na Tailândia, decidi ir para a Índia. Queria acompanhar o Fórum Social Mundial, em Mumbai, e desbravar aquele lugar tão intrigante. A verdade é que ele se mostrou bem mais complexo depois de minha passagem por lá. Foram três meses com a mochila nas costas, sozinha, rodando do sudoeste para o noroeste do país. Os fatos vividos por mim foram diversos. Foi uma viagem difícil, mas que me ensinou a viver bem sozinha. O mundo externo a mim era tão exótico, que me reprimia em vários momentos. A cultura é diferente e os hábitos e costumes são totalmente peculiares. Amei a viagem, mas não acho que é para qualquer um encarar um país como aquele, especialmente sozinho, sendo mulher e branca-azêda como eu. Fui raçuda, confesso. Mas tudo o que vivi e cresci na viagem, além de ter tido a honra de estar próxima do Dalai Lama e do Gilberto Gil nessa mesma trip, fizeram dela um momento inesquecível. Segue uma matéria que foi encomendada como editorial da Carta Capital (que descartou o texto com extremo descaso, pois ele foi substituído por algum babado novo do Daniel Dantas e eles acharam o tema prioritário). O texto foi publicado na revista Jungle Drums (www.jungledrumsonline.com), uma publicação brasileira bilíngue bem bacana feita em Londres. Ela fala mais especificamente sobre o Fórum. Mais adiante reproduzo outras do mesmo destino.

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Um novo mundo no meio do caos


Direto de Mumbai, na Índia, a repórter da JungleDrums Mariana Bergel descreve a atmosfera e o que aconteceu no Fórum Social Mundial

Texto e fotos de Mariana Bergel (matéria publicada na revista Jungle Drums, em fevereiro de 2004)











Visitar a Índia com certeza vai muito além de apenas uma aventura em um país exótico. Ao sair do aeroporto internacional, em Mumbai, é impossível evitar o contato direto com uma realidade dura e desumana. O cenário é caótico: barracos e mais barracos, pedintes, um trânsito completamente maluco e uma grossa névoa de poluição. À noite, impressiona ver o número de pessoas dormindo nas ruas. Com 18 milhões de habitantes, a cidade consegue reunir todos os problemas urbanos do mundo. Para os participantes do IV Fórum Social Mundial, que aconteceu em Mumbai entre 16 e 21 de janeiro, o slogan "um outro mundo é possível" ganhou a urgência de se buscar alternativas que possam transformá-lo em realidade.

A sede do Fórum (uma fábrica desativada) transformou-se em um grande espetáculo de sons, cores e cheiros e reuniu mais de 100 mil pessoas de 141 países, das quais pelo menos 500 eram brasileiros. Grupos de vários lugares do mundo, principalmente da Ásia, circulavam para cima e para baixo tocando tambores e colorindo o ambiente com roupas tradicionais, como turbantes, saris e trajes tibetanos. Quando os grupos se encontravam nas encruzilhadas, era um festival de danças e gritos de ordem. Essa era a voz dos excluídos para mostrar sua indignação e para quem o aperto de mão foi uma das linguagens mais praticadas.

O significado desse gesto foi ainda maior para os chamados intocáveis, também conhecidos como Dalits, grupo mais oprimido no sistema de castas que hierarquiza a sociedade na Índia. Entre a população do país, que já passa de 1,2 bilhão, eles representam quase 200 milhões. O Fórum mostrou a essas pessoas a possibilidade de conquistar dignidade, exemplificada nas palavras de uma jovem Dalit de 16 anos: "A gente veio para lutar pelos nossos direitos; saímos daqui com a sensação de que agora a gente pode fazer qualquer coisa". Neste Fórum os excluídos deixaram de ser um assunto debatido pela elite intelectual-política e compareceram em massa, vindos de diferentes regiões do continente.

Diferente do que aconteceu nas outras edições, em Porto Alegre, a estrutura do Fórum não contou com nenhum apoio governamental ou partidário. Através de doações de entidades, tendas e salas foram construídas com madeiras, cordas e panos, dando um ar de improviso que denunciava a falta de recursos.

A dignidade e os direitos humanos, a questão da Palestina, a crise da OMC, a privatização de recursos vitais como a água, a proposta de reformar a ONU e o FMI foram os principais temas entre os mais de mil debates e palestras.

É fato que a participação popular esteve muito mais consistente e ativa. Claro que isso não garante o fortalecimento da sociedade civil como um agente que possa realmente trazer mudanças. Mas há de se acreditar, como os Dalits, os tibetanos e todos os outros envolvidos, que, desde que existam ações práticas para dar continuidade ao desenvolvimento das propostas, as mudanças são possíveis.


Para nao dizer que nao falei das flores












A questão ambiental esteve longe de ser um dos temas mais abordados no IV Fórum Social Mundial. A privatização de recursos naturais (especialmente a água) por empresas multinacionais até foi bastante discutida, mas a questão do aquecimento global e outros temas fundamentais relacionados ao meio ambiente não tiveram destaque merecido na pauta do Fórum.

Para Lisângela Araújo, diretora nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), informação é essencial na luta pela preservação do meio ambiente. "Os movimentos ambientalistas estão ganhando força, mas falta informar melhor a população sobre coisas básicas", diz.

Francisco Whitaker, do Comitê de Organização do Fórum, concorda que faltou abordar mais a questão ambiental no evento, mas disse que os temas foram votados. "Não se pode falar em desenvolvimento social sem levar em conta o impacto ambiental", ressaltou.

Uma das soluções que seguem essa idéia e tiveram destaque no Fórum é a criação de eco-vilas, uma das mais efetivas alternativas para o desenvolvimento sustentável. Essas comunidades auto-sustentáveis, que reúnem de 50 à 2 mil pessoas, começaram a entrar em cena principalmente na ultima década. As eco-vilas criam um ambiente social positivo com o uso de tecnologias de baixo impacto ambiental, a produção de alimentos sem agrotóxicos, o tratamento do esgoto e do lixo de maneira e a criação e proteção de reservas naturais.